segunda-feira, 18 de maio de 2009

Patagónia: Terra do Fogo e dos Glaciares




Terra de exploradores, montanhistas, navegadores, índios e dinossauros, onde a aventura representa o principal dos pontos cardeais, a Patagónia é uma das mais belas regiões do planeta e estende-se por parte dos territórios de dois países: a Argentina e o Chile.

Na Argentina, está situada ao sul do Rio Colorado e divide-se em duas sub-regiões: a primeira constituída por cadeias montanhosas permeadas por vales, bosques e lagos; a segunda formada por uma gigantesca meseta de variada morfologia, constituída por serras, desertos, depressões, infinitas estepes e amplos vales fluviais.

Já no Chile, a Patagónia engloba as Cordilheiras da Costa e dos Andes desde o Rio Biobío até o ponto onde mergulham no oceano e se desmembram em um arquipélago com mais de 2.000 km de extensão, composto por milhares de ilhas cobertas de selva e infindáveis fiordes e canais em grande parte inexplorados. Paralela a este quebra-cabeça de ilhas, segue a faixa continental andina reunindo uma sequência de montanhas nevadas, vulcões e magníficos vales interiores cobertos por florestas frias e sulcados por rios torrentosos, até terminar na extensa planície pampeana da Terra do Fogo.
Tão longe e tão perto da imaginação!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Santo António das Neves: para descobrir em breve


Fotografia de Luís Ferreira

No antigo Cabeço do Pereiro, freguesia do Coentral, concelho de Castanheira de Pera, ergue-se uma capela em honra de Santo António. Como foi mandada construir por Julião Pereira de Castro, neveiro-mor da casa Real, passou o local a designar-se por Santo António da Neve. Antigamente, à medida que a neve ia caindo, era recolhida e despejada para dentro dos Neveiros, onde se transformava em gelo. Já com o poço cheio, a neve era coberta com palha e fetos, de modo a conservá-la até ao Verão. Os poços estavam virados para Nascente para que o sol não derretesse a neve. Quando chegava o tempo quente, o gelo era cortado e seguia em grandes blocos para as cortes reais de Lisboa, para que os nossos reis e sua corte pudessem saborear gelados em pleno Verão. O transporte era feito, numa primeira etapa, em ronceiros carros de bois até Constância e, a partir daí, em barcos até Lisboa, onde era entregue no Café Martinho da Arcada. A Rede das Aldeias do Xisto já recriou esta tradição, tal como era feita em tempos antigos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

São Petersburgo: a cidade dos czares



São Petersburgo tem um encanto especial com a chegada do Outono, que nestas latitudes chega cedo e de forma acentuada. Andar numa troika puxada por cavalos, usar um daqueles imensos gorros de pele e beber vodka são clichés a que poucos resistem, porque neste cenário de fachadas barrocas e opulência czarista apetece mesmo fazer parte de um filme. (Rotas e Destinos)

À beira do Mar Báltico, a linda cidade nasceu de um sonho de grandeza de um czar, Pedro, o Grande, há mais de 300 anos. A aristocracia russa tinha pendores iluministas, falava francês e queria a sua própria Paris. Daí surgiram palácios magníficos, jardins como o de Luxemburgo, igrejas que se assemelham ao Vaticano, belos acervos de arte.

É magnífico o traçado das suas largas avenidas, grandiosas praças e ruas ao longo dos cais, revestidos de granito, canais, pontes, palácios e templos. Săo Petersburgo estende-se em numerosas ilhas do delta do Neva, justificando os elevados epítetos de “Veneza do Norte” e “Palmira do Norte”. Săo Petersburgo, situada num terreno plano, é, no entanto, uma cidade de belas perspectivas e de magníficas paisagens urbanas que se descortinam desde muitos pontos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Berlim: uma cidade a duas cores




A preto e branco ou a cores, Berlim é sem dúvida uma cidade que brilha. Pelo menos nos meus sonhos.
Separada em duas pelo muro durante muitos anos, encontra-se ainda, anos após a sua reunificação, duas cidades bem distintas. Só o centro, recentemente renovado, parece ter apagado cicatrizes da história.
A nova arquitetura da cidade conta com edifícios mais altos, mais modernos. Como dizem os berlinenses, são as "torres de vidro", nítidas em Potsdamer Platz, que há sete ou oito anos não passava de um pedaço de terra vazio e abandonado.
Kreuzberg, o bairro jovem e alternativo de Berlim, atrai estrangeiros, muita música, muitos artistas e a busca incessante pela preservação da boa qualidade de vida.
Em constante ebulição cultural, a sua oferta, neste campo, parece ser uma das mais vanguardistas e mais interessantes da Europa.
É uma cidade de personagens e lugares interessantes, que ainda guarda as lembranças dos seus 40 anos de divisão entre os lados ocidental e oriental. Ainda há dois centros da cidade, no leste o Alexaderplatz e no oeste nos arredores da estação do zoológico, separados por um imenso parque, o Tiegarten. Nos dias de hoje, a maioria dos visitantes não percebem quando estão a passar de leste para oeste, mas saber onde se está ajuda a entender as peculiaridades desta grande cidade. De um lado a cores, de outro a preto e branco.

Hei-de ir a Berlim antes de morrer...

Tuvalu: um país em vias de extinção


Queria muito ir ao Tuvalu enquanto as águas não o devorarem. Como não posso, vou em sonhos...
A população das ilhas Tuvalu, no Pacífico Sul, estão a abandonar o arquipélago, pois este ficará submerso dentro de pouco tempo. Devido ao aquecimento global, o pequeno país corre o risco de ser submerso pelas águas oceânicas. Este risco tem sido muito divulgado pelos ambientalistas e pelas autoridades locais como um exemplo das consequências das emissões descontroladas de gases poluentes na atmosfera terrestre causadores do efeito estufa.
O Tuvalu é um grupo de nove atóis coralinos que se estendem ao longo de 560 quilómetros. O clima dé tropical, com solos muito afectados pela erosão. O relevo é totalmente plano.
Em 1998, Tuvalu começou a receber receitas resultantes da venda dos seus direitos ao código internacional de telefone "900" e, em 2000, da venda do seu domínio da internet ".tv" por 50 milhões de dólares (por 12 anos). Também recebe receitas com a venda da sua bandeira para barcos internacionais.
O turismo é muito precário, assim como todas as actividades económicas.
Ir ao Tuvalu parece-me uma verdadeira aventura, até porque não há um verdadeiro aeroporto no país. Existe apenas uma pequena pista para pequeninos aviões.
Toda a beleza se concentra na lagoa de Funafuti, que mede 14 km de largura e 18 quilómetros de comprimento. As fantásticas praias são cobertas de areias finas e palmeiras. Não há roteiros a sugerir pois as ilhas são elas mesmas um espectáculo sem igual de paisagens e pessoas. O melhor de Tuvalu será o ambiente pacífico onde se respira a fascinante sensação de viver num espaço por explorar.
Parece-me uma viagem fascinante para quem pode. Eu vou-me deliciando com as imagens que encontro e viajo em sonhos e no GoogleEarth.